Mulher morta por enforcamento já tinha prestado queixa contra o companheiro
Investigações da polícia civil revelam que a vítima de feminicídio e o autor viviam um relacionamento marcado por conflitos. O assassino teria confessado o crime à família e fugido em seguida
Fernanda Letícia da Silva, 27 anos, estrangulada pelo companheiro na madrugada deste domingo (1º/1), em Ceilândia, já havia prestado queixa de violência física contra ele em março do ano passado. As investigações apontam que a vítima e o autor, identificado como Maxwel Lucas Rômulo Pereira de Oliveira, 32, viviam um relacionamento marcado por conflitos, segundo a delegada, Adriana Romana, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Asa Sul).
“Eles tiveram uma ocorrência anterior de violência física, em março do ano passado (2022), mas naquela época informaram que estavam separados. Acredito que agora, estavam namorando novamente”, explica Adriana. De acordo com a delegada titular da DEAM II, à época, a vítima não quis solicitar a medida protetiva de urgência. “Eles tinham um relacionamento conturbado, mas ainda assim ela não quis fazer o pedido”, diz.
Crime
A causa da morte ainda não foi confirmada mas, segundo a delegada, há indícios de enforcamento. “Estamos aguardando a confirmação do laudo cadavérico”, diz. De acordo com Adriana, o crime aconteceu durante a festa da virada do ano, na casa dos pais de Maxwel. “Ele ainda morava com os pais. Já a mulher é de Santo Antônio do Descoberto (GO)”. O horário do crime também não foi confirmado. “Não conseguimos dizer, ainda, quando aconteceu o crime, se foi no dia 31 ou 1 º, mas a ocorrência foi registrada na madrugada deste domingo”, diz.
Até a publicação dessa matéria, Maxwel era considerado foragido. Segundo Adriana Romana, ele avisou a família que teria cometido o crime e desapareceu. “Foram os familiares que denunciaram o crime, a família está bem abalada”, reiterou.