Candidatura de Arruda ao governo zera a eleição no Distrito Federal
Se mantida, decisão da justiça mela um jogo que parecia jogado
Por ora, a única coisa que se pode dizer com segurança sobre a decisão de Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça, de tornar elegível o ex-governador José Roberto Arruda (PL) é que se mantida ela zera o jogo da sucessão no Distrito Federal. A situação é de vaca desconhecer bezerro.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) andava de conversa com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) numa tentativa de se reaproximar do seu pai, que lidera as pesquisas para presidente no Distrito Federal. Bolsonaro nunca viu em Ibaneis um aliado confiável, nem Ibaneis fez questão que ele o visse assim.
Bolsonaro quer um candidato a governador para chamar de seu. Quis Flávia Arruda (PL), mas ela não topou. Para pressioná-la, lançou a candidatura ao Senado da ex-ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos, mas Flávia não cedeu aos seus encantos. Sem Flávia, tomou-lhe o marido para ser candidato.
Ibaneis não poderá mais contar com a mulher de Arruda como candidata ao Senado. Será uma grande perda para ele. É possível que volte a acenar para o senador José Antônio Reguffe (União-Brasil) e que lhe ofereça a vaga. Reguffe lançou-se candidato ao governo, mas não descarta examinar a oferta que Ibaneis lhe fizer.
O que parecia jogo jogado ou quase isso, terá de recomeçar.