Justiça determina internação provisória de aluno que atacou escola

Justiça determinou a internação provisória do estudante de 13 anos que matou professora a facadas no ataque em escola de SP na 2ª feira

Felipe Resk

Imagem colorida de cartaz com homenagem a professora morta em SP

Renan Porto/Metrópoles

São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou a internação provisória em unidade da Fundação Casa do estudante de 13 anos que matou uma professora a facadas e feriu outras quatro pessoas no ataque a uma escola estadual na cidade de São Paulo, na segunda-feira (27/3).

A internação provisória do aluno havia sido solicitada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e foi acatada pela Vara da Infância e Juventude, do TJSP, nesta terça-feira (28/3).

A Justiça paulista marcou, ainda, audiência de apresentação para que o estudante seja ouvido na presença dos seus representantes legais. Ele deve ser submetido à avaliação psiquiátrica durante o processo, que corre sob segredo de Justiça.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o período máximo de internação provisória é de até 45 dias. Se não houver decisão sobre o caso, o menor infrator deve ser posto em liberdade.

Professora Rita mostra ferimentosVinícius Passarelli/Metrópoles

Imagem colorida de professora morta por aluno em escola de SP

A professora Elisabeth era muito querida pelos alunosReprodução/Redes sociais

Adolescente que fez o ataque a faca na escola, sai da delegacia com a cabeça coberta - Metrópoles

Medida por atentado é de no máximo três anos

O atentado na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, aconteceu na manhã de segunda-feira (27/3). No ataque, a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, foi morta com dez facadas.

Após esfaquear docentes e agredir colegas, o jovem foi imobilizado por uma professora e acabou apreendido pela polícia. Em depoimento, o estudante afirmou que plenejava o ataque havia dois anos, inspirado nos massacres de Suzano (SP), ocorrido em 2019, e de Columbine (EUA), em 1999.

Ele responde por ator infracional análogo a homicídio consumado e tentado. Caso seja responsabilizado, a medida socioeducativa é de, no máximo, três anos.

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