Com redação sobre feijoada, brasiliense é aprovada em 11 universidades nos EUA

Utilizando a feijoada como inspiração para sua redação, estudante do DF conseguiu ser aprovada em 11 universidades nos Estados Unidos

Jonatas Martins

Alan Rios

Imagem colorida de jovem que passou em 11 universidades nos EUA

Material cedido ao Metrópoles

A feijoada é um prato tipicamente brasileiro e evidencia parte da diversidade cultural do país. Foi pensando nisso, e descrevendo a iguaria em sua redação, que a jovem Sofia Rosa, 17 anos, conseguiu ser aprovada em 11 universidades nos Estados Unidos.

Segundo a estudante, nascida no Distrito Federal e, a redação é um dos pilares para o processo de candidatura nas faculdades. A adolescente observou que a analogia é um artifício importante para contar sua história e mostrar seus valores.

“Escolhi esse tema por achar que me representa. A combinação de ingredientes, que por muitos anos foram desvalorizados ou deixados de lado, forma algo único e autêntico. Essa analogia representa meu processo de auto aceitação e amor próprio. Por mais que durante os anos eu tenha desprezado características minhas, elas são essenciais para a formação da pessoa que eu sou hoje,” conta a jovem.

A ligação com a culinária vem de família, principalmente da avó. A filosofia da casa é que, enquanto se cozinha, pode-se encontrar meios de criar e superar desafios. E este aprendizado Sofia leva para a vida. Foi essa a lição valiosa que a garota usou para iniciar a vida acadêmica.

Em seu texto, a moradora do Plano Piloto detalha a história do prato, citando o triste período escravocrata do Brasil. A jovem explica que a feijoada era preparada por e para escravizados, somente com o que restava da carne dos porcos servida aos colonizadores.

Sofia faz analogias, do preparo da feijoada com seu crescimento pessoal, como ser humano. “Eu tive de aprender quando parar e a definir limites, exatamente como no preparo da feijoada”.

“Preparar uma feijoada pode ser considerado uma forma de arte. Não apenas por todos os ingredientes misturados, mas, também, pelo processo em si. Você deve saber quando começar e quando terminar o preparo”, detalha a redação.

Cheia de trocadilhos, a jovem diz que percebeu “que deve priorizar o que é mais vital para si mesmo, sem comprometer o verdadeiro sabor da vida”.

Sofia conclui o texto dizendo que segue em construção de si. “Cada pedaço de mim que me faz extraordinária, e estou ansiosa para dizer: ‘A comida está pronta’”, finaliza.

Feijoada – Foto Helder Silveira Divulgação

A culinária é uma tradição muito forte na família da jovemReprodução/Alto Astral/ Foto Helder Silveira Divulgação

Ao todo, a estudante fez 18 aplicações, mas algumas instituições de ensino ainda não divulgaram o resultado da candidatura. Sofia aguarda a resposta de todas universidades para decidir para qual irá. Apesar disso, o destino provável é a Flórida, onde os pais poderiam visitá-la mais vezes.

“Com a oportunidade de estudar lá fora, muitos portas devem se abrir. O mercado de trabalho internacional é uma opção e também teria um currículo bem forte aqui no Brasil”. Apesar de empolgada pela vida no exterior, Sofia não descarta uma possível volta ao Brasil depois de finalizar o curso. “Mas tudo vai depender das oportunidades de trabalho”, diz.

Dicas

O sonho de estudar fora do país, como o de Sofia, é algo desejado por inúmeros brasileiros. Para aqueles que querem ir para uma universidade internacional, a jovem sugere ser organizar com antecedência e focar nas atividades extracurriculares porque é algo valorizado pelas faculdades.

A estudante também indica ser realista e entender exatamente o perfil da universidade que você irá aplicar. Também é importante manter um bom nível no seu desempenho escolar.

Orientação para aprovação nas universidades

A pandemia foi um período que atrapalhou a educação de vários jovens. Não foi diferente com Sofia, que teve o desempenho afetado pelo isolamento social. Mesmo assim, a jovem não desanimou e procurou o EducationUSA, rede oficial para informações sobre estudos nos EUA, para realizar seu sonho.

“Foi um momento de autoconhecimento durante esse tempo de orientação. Com certeza, se fosse uma consultoria apenas, eu teria desistido do processo. Teve acolhimento, foi algo feito por mim, em um processo autêntico. Acho que consegui abraçar a pessoa que eu sou e mostrar isso na minha candidatura às universidades, e o EducationUSA me ajudou bastante!”, conta a jovem.

Jefferson Couto, orientador do EducationUSA, relembra: “Nós a ajudamos a desenvolver os textos dentro do formato esperado pelas universidades, montar a candidatura, e abordar a questão financeira no preenchimento dos formulários e na documentação exigida. […] No caso dela, Sofia conseguiu provar para si e para as universidades americanas que sempre foi extraordinária”.

Feiras

As feiras do EducationUSA são uma chance de interessados terem contato com as universidades e recrutadores. Do dia 11 ao dia 19 de abril, está programada a IX edição da Feira EducationUSA, em São Paulo, Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com a presença de mais de 45 universidades norte-americanas.

O evento é gratuito. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas através do link.

São Paulo
11 de abril | 17h às 20h
Universidade Presbiteriana Mackenzie | Rua da Consolação, 930

Fortaleza
13 de abril | 17h às 20h
Hotel Gran Marquise | Av. Beira Mar, 3980 – Mucuripe

Salvador
15 de abril | 16h às 19h
Fiesta Bahia Hotel| Av. Antônio Carlos Magalhães, 741, Itaigara

Belo Horizonte
17 de abril | 17h às 20h
Hotel Fasano | R. São Paulo, 2320 – Centro

Rio de Janeiro
19 de setembro | 17h às 20h
JW Marriott Hotel | Av. Atlântica, 2600 – Copacabana

metropoles

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