Chacina: suspeitos atraíram cabeleireira e marido para chácara
“Vou precisar de ajuda urgente. Thiago, tem como você vir na chácara? Vou explicar o que tá acontecendo. Se puder vir hoje com a Eliza e os meninos”, diz o bilhete.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou, nesta segunda-feira (23), algumas provas encontradas na chácara onde parte da família assassinada vivia e no cativeiro onde duas vítimas foram mantidas. Entre elas, está um bilhete supostamente escrito por um dos suspeitos de praticar o crime para tentar atrair a cabeleireira Elizamar da Silva, o marido Thiago Gabriel Belchior e os três filhos para a casa da família.
“Vou precisar de ajuda urgente. Thiago, tem como você vir na chácara? Vou explicar o que tá acontecendo. Se puder vir hoje com a Eliza e os meninos”, diz o bilhete. Além desse, ainda foi encontrado um caderno com nomes das vítimas e as informações bancárias de cada uma.
Em entrevista ao Jornal de Brasília e ao programa Pão na Chapa, uma familiar próxima de uma das vítimas afirmou não acreditar na teoria de que a família teria sido assassinada por causa de dinheiro. Segundo Suzana*, os supostos R$ 400 mil da venda de um imóvel nunca existiram.
Inicialmente, com base no depoimento dos suspeitos, a polícia trabalhava com a possibilidade de que os crimes teriam sido encomendados por Marcos Antônio e Thiago Gabriel, que teriam prometido R$ 100 mil para que eles matassem a família. Porém, após o corpo de Marcos e o bilhete atraindo Thiago terem sido encontrados, a teoria tem perdido cada vez mais a força.
Ainda assim, a corporação ainda considerava que os assassinatos teriam sido motivados por dinheiro e o caderno com os dados bancários reacende essa teoria.
Na verdade, para Suzana, o que motivou o crime foi a suposta inveja dos assassinos por Marcos Antônio. Dois dos acusados pelo crime trabalhavam para Marcos e moravam na mesma chácara que a família.