Vendas do comércio devem crescer 23% neste Natal, diz Fecomércio-DF

Enquanto 70,4% dos entrevistados irão presentear alguém durante o Natal, 14,5% dos comerciantes estão otimistas com a melhoria das vendas

Com a proximidade do Natal, o otimismo de consumidores e lojistas para a arrecadação no comércio do Distrito Federal está alta. A Pesquisa do Instituto Fecomércio-DF (IF-DF) prevê um aumento das vendas de 23% neste ano em comparação com 2021. A expectativa geral de ganhos é de R$ 820 milhões, com ticket médio na faixa de R$ 343,62 por parte dos consumidores.

Esse valor apresentou queda de – 0,3% quando comparado com a expectativa de 2021. No ano passado, o preço médio dos presentes ficou, de fato, em R$ 211, conforme pesquisa pós-vendas. O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, analisa que o cenário positivo reflete a retomada da economia no período pós-pandemia.

“O Natal é a melhor data comemorativa para o comércio em todo o país. Pelo visto, este ano não será diferente. Além da injeção do 13º salário, tivemos deflação e redução nos índices de desemprego nos últimos meses. Se compararmos o nível de ocupação com o ano passado, esses números são ainda melhores. Com isso, a intenção de consumo das famílias aumentou e a confiança do empresário registrou altas seguidas desde abril deste ano, de acordo com pesquisas da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Esse conjunto de fatores nos faz acreditar que o Natal deste ano será realmente muito bom para o comércio”, explica Aparecido.

Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 21 de setembro e 25 de outubro, com amostragem de 544 consumidores e 501 lojistas. Segundo o IF-DF, 70,4% dos entrevistados irão presentear alguém durante a data. Esse índice foi menor em 2021, com registro de 67,79%.

Sob a ótica dos empresários, 74,5% acreditam que as vendas serão melhores agora. No ano passado, o mesmo indicador bateu 69,92%. O pessimismo repetiu a marca histórica de 2021 – apenas 0,8% acreditam que as vendas serão menores neste ano.

Consumidores

O ticket masculino apresentou maior valor durante a pesquisa (R$ 387,49 contra R$ 307,90 das mulheres). Segundo os consumidores, as compras no débito serão mais comuns neste Natal, com 37%, seguidas por dinheiro, 29,7%. Isso significa que, ao todo, 66,7% pretendem quitar as compras imediatamente. No ano passado, a opção mais mencionada foi o crédito, com (42,57%).

“Segundo pesquisa da CNC, 86,8% das famílias do DF tem alguma dívida, sendo o cartão de crédito (79%) o principal motivo isso. Acreditamos que neste Natal as pessoas irão preferir quitar logo suas contas a estendê-las, já que estão com o cartão de crédito comprometido e talvez não queiram estender a dívida para o próximo ano”, justifica Aparecido.

Do total de consumidores entrevistados, 52% eram mulheres. A mostra da pesquisa mostrou que elas estão mais dispostas do que os homens a comprar um presente (75% contra 65% dos homens). Dos 29,6% geral que não tem intenção de presentear, a maioria relatou dificuldades financeiras (55,9%) e desemprego (14,9%). Outros 13,7% disseram que não gostam de presentear e 12,4% não tem a quem presentear.

As lojas físicas de shopping (37,3%) e camelôs/feiras (20,9%) serão os locais mais utilizados para a compra do presente de Natal de 2022. Juntos, eles somam 58% do total, à frente das lojas de rua (20,63%) e da internet (16,7%).

Roupas (31,07%), calçados (22,78%), cosméticos e perfumes (15,54%) lideram a lista de produtos preferidos para presentear. A maioria dos consumidores pretende ir às compras no período da tarde (45,4%), seguido pela noite (34,5%) e pela manhã (20,1%). O dia preferido é o sábado (33,5%), seguido pela sexta (23,4%) e domingo (13,6%).

Lojistas

O estudo priorizou nas pesquisas os segmentos diretamente impactados pela data comemorativa, levando em consideração o porte do estabelecimento e a região administrativa onde a loja está localizada. O ticket médio esperado pelos lojistas ficou em R$ 245,15 – com aumento de 26% em relação ao valor de 2021 (R$ 194,47).

A maioria dos lojistas (67,1%) declarou que vai utilizar alguma estratégia para aumentar as vendas, destacando-se a diversidade de produtos (19,46%) e a divulgação (18,41%), como as estratégias a serem mais adotadas. A maioria dos lojistas (91,2%) indicou que irá manter os preços dos produtos em relação aos preços do ano passado.

A expectativa média entre aqueles que irão ajustar o valor das mercadorias é de acréscimo de +11,2% nos preços. As justificativas para o reajuste na tabela são repasse para o fornecedor (95.4%) e aumento do dólar (4.6%). Os estoques serão renovados para 26,3% dos empresários. Outros 73,5% disseram que irão manter o volume de produtos na loja.

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