O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) propôs, nessa segunda-feira (11/7), uma transação penal a Victor de Sales Batista, 27 anos, acusado de espancar um adolescente de 14 anos em uma quadra poliesportiva, no Núcleo Bandeirante, em 23 de abril deste ano. É uma espécie de acordo, no qual o acusado aceita cumprir as determinações e as condições propostas pelo promotor em troca do arquivamento do processo.

Ao Juizado Especial Criminal do Núcleo Bandeirante, o promotor de Justiça Diógenes Antero Lourenço pontuou que “foi feito contato com o autor do fato para formulação de proposta, a fim de que ele pudesse manifestar, previamente, o interesse ou não na transação penal apresentada por este Órgão, bem como seus termos”.

“No caso em tela, houve anuência expressa do investigado”, diz o promotor a proposta. “[…] o Ministério Público manifesta-se, desde já, pela homologação da transação penal, com a dispensa da realização de audiência preliminar presencial, dando-se a devida comunicação ao beneficiado e à defesa dele sobre a homologação e o início de cumprimento do ajuste, com as advertências legais quanto ao descumprimento, e a este Órgão Ministerial para a fiscalização devida”, assinalou.

No documento, o promotor ainda informa que “caso não se entenda dessa forma, a qual julgamos mais célere e atende aos princípios dos juizados especiais, requer-se a designação de data para audiência preliminar, nos termos do artigo 76 da Lei nº 9.099/95, para oferta de proposta de transação penal”.

A defesa da vítima discorda da proposta do MPDFT. “Não concordamos porque, neste caso, foi um crime grave, que gerou comoção popular”, comenta o advogado do adolescente de 14 anos, Anderson Pinheiro da Costa. “Infelizmente agora não cabem aos advogados da vítima essa decisão”, completa.

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