Entenda como está o impasse entre Ronaldo e o Cruzeiro
Daqui a uma semana haverá uma reunião do Fenômeno com o Conselho Deliberativo que vai definir o futuro da SAF no clube mineiro
Agora no dia 4 de abril, o Conselho Deliberativo do Cruzeiro deve decidir se aprova os pedidos de Ronaldo para alterar o contrato original da SAF. O time vai bem no Campeonato Mineiro, chegou à final e, como era de se esperar, enfrentará o Atlético.
Mas o ambiente é de completa indefinição. No decorrer da semana que passou, uma nota na coluna de Lauro Jardim, em O Globo, dizia o seguinte:
O tempo anda quente no Cruzeiro. Ronaldo Fenômeno, dono da SAF do clube, e Sergio Rodrigues, o presidente do clube, não estão se falando. Rodrigues anda ameaçando melar a venda do Cruzeiro”.
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Que há um desgaste na relação, isso é mais é do que claro. Soube-se que Ronaldo tentou vender 20% da ações que ele acabou de comprar, a Pedro Lourenço, empresário e conselheiro do clube, por R$ 100 milhões. Não houve acordo.
Em dezembro, Ronaldo assinou um contrato inicial para comprar 90% da SAF do Cruzeiro. Essa tentativa de venda pegou mal e lógico que não agradou aos dirigentes mineiros, especialmente ao presidente Sérgio Rodrigues.
Entre as mudanças exigidas pelo Fenômeno aparece uma sugestão aos dirigentes para que entrem com pedido de recuperação judicial ou extrajudicial e que as Tocas da Raposa I e II (Centros de Treinamento) sejam arrendadas pela parceira, sob a promessa de que não serão vendidas e sempre continuarão como patrimônio cruzeirense.
O medo de Ronaldo é que so CTs sejam penhorados por causa de dívidas trabalhistas em torno de R$ 200 milhões e que não estavam inclusas no acordo inicial, quando aceitou desembolsar R$ 400 milhões pelo controle do time que o lançou.
A situação financeira é caótica. Na Justiça de Minas, o clube declarou que possui uma dívida total de R$ 815,8 milhões, enfrentando um risco de colapso financeiro imediato. A declaração foi dada em litígio com uma ex-atleta do time feminino, em processo que corre em sigilo. O clube anexou documentos que corroboram a situação caótica.
De ontem pra hoje, procurei conversar com alguns amigos jornalistas de Belo Horizonte, pessoas que conhecem o clube e os seus bastidores. De todos eles eu ouvi uma previsão até menos pessimista. Dizem que a expectativa é de haja consenso nessa reunião da próxima segunda-feira (4/4) com o Conselho, com cada um dos lados cedendo um pouco para buscar uma solução.
“Ruim com ele (Ronaldo), pior sem ele”, dizem minhas fontes em BH.