Alunos de escolas públicas do DF ficam sem aula nesta terça devido a assembleia de professores
Segundo sindicato, profissionais decidem se participam ou não da reunião. Até última atualização desta reportagem, Secretaria de Educação não havia informado número de escolas afetadas.
Alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal ficaram sem aula, na manhã desta terça (22), por causa de uma assembleia geral dos professores. Até a última atualização desta reportagem, a Secretaria de Educação do DF não havia informado o número de escolas afetadas. Segundo o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), a paralisação ocorre de forma parcial, e cabe a cada professor decidir se participa ou não da reunião. Pais e alunos do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, na Asa Sul, disseram à TV Globo que a maioria dos professores ia aderir à assembleia. Por isso, muitos estudantes preferiram ficar em casa. Já no CED 01 do Itapoã, o movimento de alunos era grande pela manhã. Os militares que atuam na gestão compartilhada da escola disseram que apenas alguns professores participariam da reunião e as aulas seriam mantidas. O ano letivo na rede pública do DF começou há uma semana. As aulas foram retomadas na modalidade 100% presencial, e sem a obrigatoriedade de comprovar a vacina contra Covid-19 (veja mais abaixo).
Reivindicações
Na assembleia, os professores discutem recomposição salarial, superlotação das salas de aula, concurso para professores temporários e efetivos, e outros assuntos relacionados à pandemia.O Sinpro-DF afirma que a categoria está há sete anos sem reajuste salarial e ainda não recebeu o aumento aprovado em 2013.“O pagamento foi negociado em seis vezes, sendo duas parcelas por ano. Entretanto, a última parcela, que deveria ter sido paga em setembro de 2015, não foi paga até hoje”, explica a dirigente do Sinpro-DF Luciana Custódio.
A Secretaria de Educação afirmou, em nota, que “o governador Ibaneis Rocha já garantiu o pagamento da terceira parcela do reajuste para o próximo mês de abril” (veja íntegra abaixo). A entidade afirma que os protocolos atuais não são suficientes “para assegurar risco mínimo de contaminação pelo coronavírus nas escolas. Além disso, várias recomendações também não foram cumpridas”, alega a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa. Segundo comunicado do sindicato, os professores devem discutir também sobre o novo ensino médio e a adoção da gestão compartilhada com militares em escolas. Volta às aulasNo último dia 14, cerca de 430 mil estudantes retornaram às mais de 680 escolas da rede pública do Distrito Federal. O DF já vacina, desde o mês passado, crianças a partir de 5 anos contra Covid. No entanto, a Secretaria de Educação decidiu não exigir comprovante de imunização para matrícula nas escolas. Mesmo assim, pais relatam mais alívio no retorno às aulas com os filhos já vacinados. Para orientar as escolas, o GDF preparou um protocolo que detalha os principais cuidados sanitários a serem tomados. O documento conta com informações e orientações baseadas nas diretrizes atualizadas das áreas técnicas da Secretaria de Saúde.
Leia íntegra da nota da Secretaria de Educação:”
A rede pública de ensino retomou as aulas presenciais há pouco, depois de quase dois anos de atividades remotas por causa da pandemia. É hora de arregaçar as mangas e recuperar as aprendizagens perdidas. É hora de pensar no estudante e na missão sagrada do professor. O governador Ibaneis Rocha já garantiu o pagamento da terceira parcela do reajuste para o próximo mês de abril. A presidente do sindicato dos professores, sendo pré-candidata a governadora, parece estar misturando a atividade sindical com sua própria pretensão eleitoral.”