Bebê de 45 dias morreu engasgado, diz médico legista da polícia
Em laudo preliminar, especialistas descartaram possibilidade de maus-tratos. PCDF vai esperar laudo definitivo para finalizar inquérito
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descartou a hipótese de maus-tratos para explicar a morte do bebê de 1 ano e 6 meses que faleceu nesta sexta-feira (18/2) na QNP 32, Setor P Sul, em Ceilândia. A criança estava com manchas roxas na pele, o que levantou a hipótese de que ela estaria machucada.
O médico legista da PCDF afirmou que os roxos se tratam de livores cadavéricos, coloração típica da parte inferior de uma pessoa morta. Além disso, os policiais da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), que investiga o caso, escutaram vizinhos e outras pessoas que conhecem os pais, e todos negaram que houvesse maus-tratos.
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“A criança, quando foi encontrada, já tinha de 4 a 5 horas que estaria morta. Isso em função de estar com o maxilar rígido, os membros superiores rígidos e o livores cadavéricos [estarem] principalmente na parte dorsal, principalmente na região da boca, que fez com que o médico legista acreditasse muito forte na tese de que a criança teria morrido sufocada”, explicou o delegado da 23ª DP, Vander Braga.
A última vez que a mãe viu a criança viva foi por volta das 5h desta sexta-feira, quando o amamentou e o colocou para dormir. Segundo ela, o bebê teria problemas de refluxo, e isso motivaria cuidados, como colocar a criança para dormir de bruços.
“Por volta das 11h50 da manhã ela já encontrou o bebê estático, com a cabecinha virada pra baixo, ainda de bruços, onde ela observou que estava todo roxo. Imediatamente acionaram os socorristas que foram ao local”, narrou Vander Braga.
Ainda assim, a polícia aguarda o laudo definitivo do Instituto Médico Legal para fazer a conclusão do inquérito. Os pais não foram autuados.