Polícia Civil investiga empresários de rede varejista do DF por sonegação de impostos

Apuração aponta que suspeitos usavam empresas de fachada para evitar pagamento de ICMS. Operação começou a cumprir 32 mandados de busca e apreensão no DF, Goiás e Minas Gerais; nome da empresa não foi divulgado


Dinheiro apreendido em operação contra sonegação fiscal no DF — Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Celare, que investiga empresários de uma rede de supermercados varejista do DF por sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e falsidade ideológica.

Segundo as investigações, os empresários evitavam o pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a partir do uso de empresas atacadistas de fachada. O nome da rede ainda não foi divulgado e, por isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa.

Agentes começaram a cumprir 32 mandados de busca e apreensão na casa dos investigados, em empresas do grupo e em um escritório de contabilidade, no Distrito Federal, e em cidades de Goiás e Minas Gerais. Ao todo, 160 policiais e 16 auditores participaram da operação.

Durante a ação, as equipes apreenderam R$ 120 mil em espécie (foto acima), na casa de um dos alvos.

A polícia afirma que as empresas atacadistas, constituídas por laranjas, informavam o recolhimento de tributos que, na verdade, não eram pagos, para beneficiar as empresas da rede varejista investigada. Assim, de acordo com os investigadores, os empresários não teriam nada a pagar, já que os impostos ficavam concentrados na empresa de fachada.

As empresas atacadistas, ao deixar de recolher os tributos, ficavam com uma grande dívida tributária que não podia ser cobrada, já que não há condições financeiras dos laranjas quitarem o débito. Dessa forma, essas empresas varejistas seguiam de forma regular perante a Receita Federal.

A investigação teve início em 2018, com base em relatório produzido pela Assessoria de Investigação Fiscal da Subsecretaria da Receita do DF. A apuração identificou que a rede de supermercados estava atuando da mesma forma que um grupo criminoso investigado pela Operação Invoice, deflagrada no mesmo ano.

À época, empresários foram presos, suspeitos de integrar um esquema criminoso que sonegou R$ 12 milhões em impostos.

G1

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